Cotidianamente acompanhamos uma série de mudanças que retratam a conquista de espaço pelas mulheres no cenário sócio econômico e político mundial. A evolução feminina é traduzida em números por meio de pesquisas e indicadores que apontam para o crescimento delas como chefes de família, a ocupação de postos de trabalho antes predominantemente masculinos e a crescente qualificação.
Com base nos dados do estudo mais recente da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, foi divulgado, na última segunda-feira (6), um levantamento do Ipea (Instituto Pesquisa Econômica Aplicada), que mostra que as mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais que os homens, por semana. Enquanto eles trabalham aproximadamente 46,1, horas, a mulher tem uma jornada de 53,6 horas semanais, somando o trabalho remunerado e as tarefas domésticas.
Mulher no varejo – No varejo não é diferente, o empreendedorismo feminino conquista um espaço cada vez mais amplo no mercado de trabalho e no mundo dos negócios. Estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas Empresas (Sebrae), em 2015, revelou que entre 2003 e 2013, a empresárias donas de negócios subiu 16% no país.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o aumento da presença das empresárias no varejo fortalece o setor. “Não só o segmento lojista ganha com o crescimento das mulheres a frente dos negócios, mas ganham também os consumidores com novos produtos e serviços diferenciados disponíveis no segmento do comércio”, destacou o Pinheiro.
A pesquisa do Sebrae mostra também que há mais de 7,3 milhões de mulheres empreendedoras no país, o que representa 31,1% do total de 23,5 milhões de empresários que geram empregos no Brasil.
Para a diretora da CNDL e empresária, Analice Carrer, o primeiro desafio da mulher é compreender que ela tem possibilidades e oportunidades. “Dentro de cada mulher há uma força que ela nem imagina. Temos que nos preparar, buscar inovação e estarmos atentas ao que acontece no mundo para trazermos para nossa realidade e fazer a diferença nos processos, produtos e dentro das entidades”, destacou a diretora.
E as mulheres realmente estão mais preparadas. Dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) mostram que em 2005 elas eram 20% dos matriculados nos cursos técnicos da instituição, enquanto em 2015 já representavam 33% dos matriculados. Elas já são maioria em cursos dos segmentos de couro e calçados, têxtil e vestuário e de bebidas e alimentos.
A Pnad de 2014, também apontou que quando o assunto é qualificação elas estão à frente. São maioria no ensino médio completo ou superior incompleto: 39,1% das mulheres estão nessa categoria, contra 33,5% dos homens.
Fonte: CNDL.