Expectativa é que a data gere R$ 265 milhões em vendas, um aumento impulsionado pela alta do tíquete médio e, possivelmente, pela liberação do FGTS
Inspirado no discurso do então presidente norte-americano, John Kennedy, feito em 15 de março de 1962, o Dia do Consumidor valoriza não só os direitos dos compradores como também já possui o poder de dar um upgrade na economia pós Natal e pré Dia das Mães. Pelo quarto ano consecutivo, o Dia do Consumidor, no Brasil, será tratado com um viés comercial, em um projeto incentivado pela plataforma de digital commerce Buscapé Company. “A data é celebrada há bastante tempo, porém, o Buscapé decidiu levar aos consumidores ofertas e estimular a compra no primeiro trimestre do ano”, explica Pedro Guasti, CEO da E-Bit.
Neste 2017, estima-se que o Dia do Consumidor gere um faturamento de R$ 265 milhões País (18% mais que em 2016, quando a data conseguiu registrar R$ 224 milhões em vendas). Os dados são da pesquisa online “Dia do Consumidor 2017”, realizada pelo E-Bit, com 3.189 amostras, entre 10 e 16 de fevereiro de 2017. Segundo Fábio Sakae, CPO do Buscapé, o dia vem para proporcionar um aumento de 100%, em comparação com uma quarta-feira normal, no quesito receita de vendas.
O profissional Pedro Guasti explica os motivos de a data ser comemorada sempre no terceiro dia útil da semana. “Para o evento de promoções, a gente sugere que a celebração seja sempre na quarta-feira mais próxima do dia 15. Isso porque a quarta-feira é o melhor dia para o varejo online. As pessoas compram mais de segunda, terça e quarta-feira. Chegamos a conclusão de que o dia é o melhor em termos logísticos, através de acompanhamento de vendas. Na data, é preciso reforçar as equipes de atendimento para maximizar e otimizar as vendas”, diz o CEO da E-Bit.
O aumento de vendas no Dia do Consumidor será impulsionado pela alta do tíquete médio, que passa de R$ 398 para R$ 470, uma vez que o número de pedidos permanecerá estável (562,7 mil de 2016 contra os 563,8 de 2017).
O CPO do Buscapé leva em conta três fatores para os bons resultados do Dia de Consumidor, deste ano. “Antes, a gente teve dois anos com turbulências políticas. Em 2015, tivemos a grande passeata no Brasil, no período do Dia do Consumidor, o que impactou diretamente na data, quando o foco da sociedade em compras não estava forte. Já no ano passado, coincidiu com a saída do áudio do Lula (em que o ex-presidente conversava com Dilma Rousseff sobre sua possível nomeação para a pasta da Casa Civil). São dois anos seguidos que a política tomou foco nessa data”, conta Fábio Sakae. “Este ano, nós tivemos a questão do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Percebemos o aumento do interesse das pessoas, passado o Carnaval, na procura dentro do Buscapé. As pessoas começaram a procurar aquilo que eles queriam comprar na Black Friday e Natal e não conseguiram”, acrescenta.
Segundo dados do E-Bit, 38% do público já conhece o Dia do Consumidor e 33% pretendem comprar na edição deste ano, nove décimos a mais que em 2016. As categorias de eletrônicos, eletrodomésticos, informática, telefonia e celulares e cosméticos/perfumaria/cuidados pessoas são as mais desejadas pelo consumidor.
Em campanha para o Dia do Consumidor, o Buscapé está investindo R$ 15 milhões. Com anúncios em 30 emissoras de TV, dez emissoras de rádio e presença nas redes sociais, a empresa conseguiu parceria com mais de cinco mil lojistas, que oferecerão produtos com mais de 50% de desconto, em diversas categorias. Em 2016, a companhia apostou R$ 20 milhões na Black Friday.
Fonte: CNDL.