Temer também ressaltou que seu governo está “engajado” em aprovar a reforma da Previdência
São Paulo – Em sua primeira aparição pública desde que sancionou a lei que permite a terceirização irrestrita, o presidente Michel Temer garantiu que o projeto “não prejudica os trabalhadores” e que a aprovação da medida é fruto de uma “quase ousadia” de seu governo.
“Há mais de 20 anos se falava disso no Brasil e não se levava adiante”, afirmou Temer, no encerramento do Fórum de Líderes Empresariais Brasil-Suécia.
O presidente fez menção ao projeto quando listava as ações do governo para tentar tirar o País da “maior recessão da história”, destacando que a maior parte delas busca sanar os problemas fiscais do Brasil.
“Como tudo aquilo era crise de raiz fiscal, concebemos e temos implementado, na base de muito diálogo, reformas ambiciosas, que não são fáceis, mas que são muito necessárias e se tornaram inadiáveis”, disse, citando a aprovação da PEC do teto dos gastos.
Temer também ressaltou que seu governo está “engajado” em aprovar a reforma da Previdência.
Na sua avaliação, os números do sistema previdenciário estão em “descompasso com a realidade demográfica” do Brasil. “Se nada fizermos, em poucos anos estaremos em péssima situação”, argumentou.
Além disso, o peemedebista lembrou a agenda de medidas que buscam elevar a produtividade da economia brasileira, com a “profissionalização das estatais, autonomia das agências reguladoras e marcos regulatórios que gerem racionalidade econômica e segurança jurídica”.
“Trabalhamos para recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento”, disse, depois de afirmar que o momento é “especialmente favorável” ao investimento privado.
Temer também fez questão de citar a intenção do governo de aprovar uma reforma trabalhista e disse que as primeiras conversas sobre o tema envolvem empresários e trabalhadores.
“Estamos fazendo tudo pacificamente”, afirmou, após dizer que “nada é feito sem dialogar amplamente com a sociedade brasileira”, disse.
O presidente ainda mencionou o projeto Crescer, programa de concessões de infraestrutura à iniciativa privada. “A infraestrutura brasileira demanda ampliação e aprimoramento”, disse.
Fonte: Exame.